Depois de uma sessão bem difícil na minha terapia, fiquei a semana toda tentando colocar algumas ideias no lugar… Foi aí que me veio o jogo Tetris na mente!

É muito provável que você já tenha jogado e sabe o sossego que é o começo do jogo. Aquela sensação de tô pronta, pode vir que eu vou saber exatamente o que fazer… Acontece que o sossego vai dando lugar pra uma danada inquietação. Vão caindo peças e mais peças, de formas variadas, que você vai encaixando, tampando buracos e criando estratégias.

Nosso empenho é reconhecido a cada fileira que se completa: que belezinha é acertar! Só que o acerto some, como algo resolvido que está. Não fica ali te lembrando que você conseguiu! Ficam ali, empilhando, um atrás do outro, apenas os erros. Em sua somatória, vão recebendo toda nossa aflição. O que devíamos ter feito diferente vai colorindo todo o tempo que passa, até que as peças alcançam o topo e deixam de cair novas peças.

Game Over!

É inevitável que nossos erros recebam nossa preocupação. Ficamos ansiosos, persecutórios, nos colocamos em numa atividade mental que busca qualquer tipo de antecipação que vá trazer algum conforto. Real ou imaginário! E isso vai dando contornos a formas negativas de se ver, se perceber, reconhecer as capacidades… Afinal de contas, nessa hora, os acertos somem!

Respiro fundo e me peço paciência. Me lembro que a graça está em jogar e isso, não é viver?

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